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Uma celebração do conhecimento

Construída com o objetivo de preparar gerações de estudantes para a era digital em ascensão, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é uma instituição de ensino superior sem fins lucrativos dedicada a unir os mundos da academia multidisciplinar, da pesquisa pioneira e da liderança tecnológica no mercado global moderno.

entrada de uma parede com o logotipo do escritório da Unicamp

Unicamp em números

4

Campi em Campinas, Limeira, Piracicaba e Paulínia

24

Escolas e institutos universitários

1293

Patentes ativas Unicamp

unicamp logo

Unicamp

País/região

Brazil

Da contracultura a uma cultura de ideias

Muitos historiadores argumentam que a 'era moderna' começa na década de 1960, com mudanças remodelando todos os aspectos da sociedade.

  • As tensões da Guerra Fria se aprofundam.
  • Governos lutam para promulgar direitos civis recém-concedidos.
  • Conflitos geracionais surgem por causa de cabelos compridos, normas de gênero e (claro) música.
  • E um espírito de contracultura floresce nos campi enquanto estudantes universitários apaixonados protestam contra tradições escolares canônicas.

Entre as manchetes de 1964 também está a notícia de um golpe de estado no Brasil, inaugurando uma era de ditadura que dura até 1985.

Portanto, dificilmente parece um momento ideal para solicitar financiamento estatal para a criação de uma nova universidade. Afinal, condizente com os tempos, em 1962 um terço da população estudantil do Brasil entra em greve para promover a democratização e o aumento do financiamento do ensino superior (a União Nacional de Estudantes, ou UNE, é uma organização de esquerda formada em 1937).

Mas com um talento incrível para superar o abismo entre a juventude fervorosa do país e o estado militar conservador está Dr. Zeferino Vaz. É assim que, em 1966, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) inicia a construção de seu campus no distrito de Barão Geraldo, a duas horas de carro ao norte de São Paulo.

Apropriadamente, o Dr. Vaz se torna o primeiro reitor da universidade, e o campus principal hoje leva o nome dele. O atual reitor, Antonio José de Almeida Meirelles, diz: “A Unicamp foi fundada em um momento difícil do nosso país, mas… Zeferino preservou a liberdade acadêmica, reunindo pensadores importantes… criando essa força que gera ideias, conhecimento, ciência e tecnologia de forma inovadora”.

Suas observações nos lembram que a década de 1960 também é uma década de avanços impressionantes, desde a pílula anticoncepcional e o primeiro LASER até o primeiro coração artificial, o pouso na Lua e a primeira mensagem de email (enviada via ARPANET de um servidor na UCLA para um servidor em Stanford).

Nesse mesmo espírito de inovação incomparável, a Unicamp continua seu trabalho quase 60 anos depois.

vista aérea de um prédio de escritórios e arredores
Geometria como geografia

O campus apresenta 13 polígonos formados por uma circunferência de base e 13 arcos, um dos quais começa em 0o e vai até 22o30′, com um raio de 265,82 módulos e um centro nas coordenadas -179,711, -68,1.

vista da entrada do prédio à noite com luzes
Ciclo Básico

Um conjunto de salas de aula compartilhado por vários programas no campus em Campinas.

Um plano mestre matemático para o conhecimento

Erguendo-se em terras agrícolas doadas de forma privada anteriormente não moldadas pelo planejamento cívico, o campus principal da universidade cria uma pegada física que simbolicamente representa sua missão filosófica. O logotipo nasce do mesmo design e mostra que uma imagem realmente vale mil palavras. O campus e o logotipo estão imersos em matemática pura, o que não é surpreendente para uma instituição dedicada à busca do conhecimento humano.

É geometria como geografia. Um espaço central redondo—um símbolo de unidade—é delimitado pela biblioteca principal da escola, prédios de atendimento estudantil e refeitório. Irradiando desta praça circular estão 24 módulos determinados pelo sistema de coordenadas cartesianas. Os vetores representam as 24 unidades da Unicamp: 10 institutos e 14 escolas.

Por sua vez, essas linhas criam 13 polígonos que ecoam as 13 listras da bandeira do estado de São Paulo e definem bairros que agrupam as áreas de estudo da Unicamp. Estes são agregados geograficamente de modo que os limites entre os bairros são lógicos, com edifícios de filosofia adjacentes aos que abrigam as ciências humanas, matemática e economia, enquanto as instalações de engenharia química estão próximas às da biologia. Os três pontos vermelhos do logotipo ancoram a organização do campus em Ciências, Ciências Exatas e Humanidades. Abrangendo todas as disciplinas está a tecnologia. No total, o plano diretor cumpre fisicamente as três funções filosóficas centrais da universidade: ensino, pesquisa e extensão.

"Sempre uma unidade, um único organismo com a função básica de transmitir, gerar e aplicar conhecimento..."

Sistema Central de Arquivos, Siarq, Unicamp

De uma única árvore…

O Instituto de Biologia da Unicamp é o primeiro prédio concluído no novo campus em Campinas. Hoje, o departamento de biologia oferece dois programas de graduação, sete programas de pós-graduação e três unidades complementares interdepartamentais. Em sintonia, a expansão regional começa com a integração de uma faculdade de odontologia em Piracicaba em 1967 e uma escola de engenharia em Limeira em 1969.

Ao longo de mais de duas décadas, a Unicamp se expande cada vez mais em um ritmo acelerado, adicionando institutos e escolas a uma taxa de quase um a cada ano. Ao longo desse tempo, o Dr. Vaz continua em seu papel de força moderadora entre o sindicato estudantil liberal e os acadêmicos e o regime conservador que controla a autoridade e os recursos do governo. Os resultados são impressionantes:

  • Em 1986 Unicamp adquire um centro de pesquisa em biociências em Paulínia.
  • A escola também adiciona aulas noturnas para atender melhor os brasileiros da classe trabalhadora.
  • Ela embarca em iniciativas de pesquisa com parceiros de tecnologia como Motorola, IBM e Lucent Technologies.
  • Incorpora duas das escolas de ensino médio mais bem avaliadas do Brasil e lança programas para alcançar alunos do ensino médio em comunidades de todo o país.
  • Um hospital de 1000 leitos que atende ao público é inaugurado em 1979.
  • E as compras de terras em 2014 aumentam a área geográfica da universidade em 60%.

… para uma vasta floresta

Hoje, a universidade oferece 70 cursos de graduação e surpreendentes 153 cursos de pós-graduação, supervisiona 22 centros de pesquisa interdisciplinares em seu campus de Campinas e oferece vários estudos de especialização por meio de uma rede de programas de extensão. Todos os anos, a Unicamp também organiza um evento de portas abertas (Unicamp de Portas Abertas, UPA), que recebe 50.000 alunos do ensino médio no campus principal para aprender sobre oportunidades de ensino superior gratuitas disponíveis para eles.

Em 2023 durante o 18º evento da UPA, Sérgio Vaz homenageia o pai, dizendo: “Estou muito feliz em ver os [resultados da] semente que meu pai plantou.” É uma metáfora ideal porque a Unicamp hoje é uma verdadeira floresta, com suas muitas árvores de conhecimento se ramificando em uma rede global de parceiros de pesquisa conjuntos, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Boeing.

Com o crescimento exponencial vêm desafios agravados. Com cada expansão geográfica, cada nova disciplina de curso e cada colaborador adicional, ocorre a expansão da tecnologia e novas superfícies de ataque para se tornarem alvo da dark web. Tudo isso se soma para trazer uma responsabilidade adicional para a equipe de TI da Unicamp.

É também um excelente exemplo de por que os dados mais importantes do mundo vivem na NetApp.

Dados são tudo

Com vários campi, numerosos parceiros de pesquisa e uma lista crescente de empresas incubadas pela universidade, a estratégia de dados da Unicamp está em constante transformação. Felizmente, Paulo Moraes está no trabalho. Como diretor de infraestrutura de software da Unicamp, ele coloca desta forma: “minha equipe trabalha nos muitos projetos de implementação e aquisição da Unicamp. E enquanto a tecnologia da informação muda diariamente, adoro resolver problemas e trabalhar sob pressão. Ver esses muitos projetos até a conclusão é o que é interessante. Isso me motiva.”

Um dos projetos em andamento de Paulo é a implantação da Unicamp na nuvem. Começando há mais de uma década, é uma jornada com vários marcos. Um exemplo: em 2021 a NetApp provisiona 2,5 petabytes de storage flash unificado para dados repatriados de uma nuvem pública para uma nuvem de pesquisa privada no local. A solução de storage AFF C800 permite que a comunidade Unicamp acesse todos os tipos de carga de trabalho: arquivo, objeto e bloco. Paulo diz: “Esta solução baseada em flash também oferece a melhor segurança disponível. Isso é importante.”

O modelo de nuvem híbrida da Unicamp inclui o amplo sistema de biblioteca da universidade (Sistema de Bibliotecas da Unicamp, SBU). Sua coleção central de mais de um milhão de livros físicos está em estantes em Campinas e em 27 satélites. Esses volumes são suplementados por:

  • Centenas de milhares de e-books e revistas acadêmicas digitalizadas.
  • Um repositório online de mais de 25.000 dissertações da Unicamp.
  • E acesso às mais proeminentes bibliotecas eletrônicas de periódicos acadêmicos do mundo.

É um encontro entre Gutenberg e a AWS. Literalmente.

Em novembro de 2024, a Unicamp começa a mover sua infraestrutura de dados inteligente ainda mais para o futuro ao adotar um modelo de nuvem híbrida que integra sua nuvem interna com Amazon Web Services.

Paulo diz: "Entrei na Unicamp quando tinha 17 anos, então vi 10 reitores no meu tempo aqui, e também vi a mudança de tecnologia, incluindo como usamos a nuvem. É algo que vi crescer, e hoje vejo os resultados que planejamos. Mas uma coisa não mudou. Dados são tudo, porque os  dados são o que impulsiona a pesquisa da universidade."

Edifício principal
Biblioteca Central César Lattes

César Lattes, 1924-2005, é um co-descobridor do píon, uma partícula subatômica composta de um quark e um antiquark.

Mesa unicamp com máquinas
Um microscópio eletrônico de criomicroscopia

Os novos estudos do laboratório de nanotecnologia da Unicamp se concentram em tecidos moles e biologia estrutural.

Não é pouca coisa

A expansão da TI é um desafio para qualquer organização, seja no data center, na nuvem ou na borda. O número de lugares onde os dados residem pode parecer esmagador, com a presença tecnológica da Unicamp sendo um estudo de caso especialmente atraente. Embora seus 678 grupos de pesquisa, 1.864 linhas de pesquisa e 293 instituições parceiras nacionais e internacionais sejam apenas parte de uma história maior, esses números por si só deixam claro que agregar os dados da Unicamp em uma infraestrutura centralizada e inteligente não é tarefa fácil. Mas é exatamente isso que Paulo e sua equipe estão realizando, bit a byte por petabyte.

"Armazenamos dados coletados de diferentes fontes. Dados de pesquisa, dados de satélite, dados processados. Dados estruturados e dados não estruturados. Nossa estratégia é manter esses dados dentro da instituição."

Paulo Moraes, Diretor, Infraestrutura de Software, Unicamp

Confiança, integrada... confiança, embutida

Um componente central da solução on-premises da Unicamp para centralizar e gerenciar o NAS é a solução ONTAP S3 (simple storage service) da NetApp. Em termos técnicos, o ONTAP cria buckets NAS S3 para clientes S3 lerem, gravarem e excluírem arquivos em conformidade com as configurações de segurança e protocolos de log. Os principais benefícios para as muitas partes interessadas da universidade são flexibilidade e escalabilidade. Flexibilidade para armazenar e acessar dados em camadas em tempo real. E escalabilidade à medida que os volumes de dados nos data lakes da Unicamp só crescem a cada dia. Essa estratégia de dados de informações centralizadas é o combustível de foguete que impulsiona as pesquisas nas salas de aula, laboratórios e think tanks da Unicamp.

O acesso fácil, eficiente e rápido a esses repositórios de informações torna-se ainda mais crítico à medida que tecnologias como IA mudam cada vez mais a forma como alunos, professores, pesquisadores e parceiros se envolvem com os dados e uns com os outros, seja dentro dos muros históricos da universidade ou do outro lado do mundo. Por fim, todos esses dados transitam por servidores e pela nuvem em conformidade com a regulamentação de privacidade de dados do Brasil, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), e são respaldados pela Garantia de Recuperação de Ransomware da NetApp. É a própria definição de confiança embutida.

foto em preto e branco de uma pessoa falando na frente do mic
Dr. Zeferino Vaz

O Dr. traça sua visão para o campus da Unicamp em Campinas em 1971.

funcionários trabalhando dentro do lab e fazendo anotações
Laboratório de Engenharia Química

Um pesquisador da Unicamp apresenta para os alunos.

Uma visão realizada

Enquanto a Unicamp se prepara para iniciar a construção em Campinas, o fundador Dr. Zeferino Vaz declara: “A universidade deve servir como um catalisador para o conhecimento que impulsiona a transformação socioeconômica.” Sua visão tão claramente expressa em 1966 capta perfeitamente os inúmeros sucessos da Unicamp hoje.

A escola sem fins lucrativos é agora a principal instituição de pesquisa do Brasil, contribuindo com 15% do total de nova propriedade intelectual do país a cada ano (apenas a estatal de petróleo e gás Petrobras produz mais). O Hospital das Clínicas da Unicamp da universidade atende uma região de 3,5 milhões, com uma média de 40 cirurgias e 13 partos por dia.

Mas talvez o mais impressionante seja o impacto que o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp causa no mundo. Desde sua fundação em 2008 — e em parceria com a agência de inovação da universidade, INOVA — o parque conecta rotineiramente os mundos acadêmico e o mercado livre por meio de um portfólio de propriedade intelectual em crescimento.

Pelos números:

  • O parque de P&D gerencia 1.293 patentes ativas e 212 acordos ativos de transferência de tecnologia.
  • Também registra 1.349 empresas subsidiárias atualmente fazendo negócios no Brasil e no exterior, com cerca de metade localizada no estado de São Paulo.
  • As contribuições econômicas são variadas, com quase 53.000 empregos criados por essas empresas sendo apenas uma medida.

Preparado para o futuro

Matemáticos da Unicamp ganham as manchetes em 2019 ao descobrirem o maior número primo do mundo até hoje. Tendo mais de 23 milhões de dígitos, recebe um rótulo prático—M77232917. O recorde permanece até outubro de 2024 e, embora seja uma anedota divertida, a conquista também é emblemática da celebração inabalável e imparável do conhecimento da Unicamp—sua busca e sua aplicação no mundo além da academia.

Como se vê, o mundo hoje não é tão diferente de quando a Unicamp abriu suas portas no limiar da era moderna, há quase seis décadas:

  • Uma segunda Guerra Fria se aproxima.
  • Embora os países e a política que eles protestam sejam diferentes dos da década de 1960, estudantes apaixonados da contracultura ainda marcham contra a ordem estabelecida, professores ainda entram em greve ocasionalmente, governos ainda lutam para equilibrar orçamentos e normas de gênero ainda estão no noticiário.
  • E enquanto nossa exploração do espaço agora atinge as bordas do universo conhecido, música (é claro) ainda separa gerações.

Enquanto isso, as inovações continuam a melhorar a condição humana, mesmo enquanto o plano diretor da Unicamp para seu campus em Campinas simboliza firmemente os objetivos fundadores da universidade, suas avenidas cartesianas de conhecimento ainda irradiando para fora do coração de sua praça central e seus pilares de engenharia, ciências e humanidades ainda inspirando alunos e professores.

A visão do Dr. Vaz de um mundo melhor baseado no conhecimento perdura.

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